Não, a Ansiedade não está ali como uma simples e carismática protagonista em Divertida Mente 2.
A parceria Disney e Pixar não conquistou mais um recorde mundial de bilheteria apenas com uma animação infantil.
Por trás do faturamento de US$1 bilhão em 19 dias, há um planejamento de marketing perfeitamente estruturado para gerar identificação.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), uma em cada oito pessoas no mundo vive com algum tipo de doença ou transtorno mental. Ansiedade e depressão compõem 60% desses casos.
Como fiel seguidora dos arquétipos de Carl Jung, a Disney reconhece a transcendência de seu papel enquanto empresa e como suas obras vão além do entretenimento. Sendo assim, suas narrativas são adaptadas para cada nova geração.
Foi consciente dessa realidade que a marca encontrou em Divertida Mente 2 uma oportunidade para iniciar um diálogo sobre saúde mental, convidando seus espectadores a revisitarem a magia de suas infâncias e, simultaneamente, conversando com o lado ansioso de jovens e adultos.
Enquanto a animação evoca as mais inocentes memórias, também gera identificação em adultos por meio de metáforas que desenham muito bem o que é uma crise de ansiedade. O resultado, além do bilionário faturamento, é um filme que acolhe adultos, diverte crianças e encanta ambos.
Entende a importância de conhecer profundamente não apenas seu público, como o cenário em que ele está inserido?
